quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lá vem o textão!

O termo textão tornou-se popular nas redes sociais, principalmente no Facebook, quando alguém posta um texto longo, gigante,  para expressar seus sentimentos ou dar alguma opinião de alguma coisa.

via Meme Generator
E a grande maioria nem quer saber do que se trata, memes do tipo "Nem Li, nem Lerei" ou frases do tipo "Ler? Vou passar bem longe", "Não vou ler porque é muito longo", "Ler dói os olhos" e por aí vai. E sempre tem aqueles que não leram e opinam sem saber do que se trata.

Bem-vindo ao século 21, num país chamado Brasil onde a grande maioria não dá a mínima para a cultura, onde ler é uma perda de tempo e escrever algo é uma tortura. O reflexo de tudo isso está nas redações de ENEM ou dos vestibulares, o alto índice de notas baixas, e bota baixas nisso.

Os especialistas dizem que as crianças e jovens de hoje possuem uma baixa concentração e que são suscetíveis as inúmeras distrações. E culpar a baixa educação no país já virou lugar nenhum. Posso estar errado, mas a culpa, antes de tudo, são dos pais. Quando a criança dá problema, dá-se um vídeogame ou tablet para que ela fique quieta. Os estímulos áudio-visuais desses dispositivos vão influenciar na maneira como essa criança se portará no futuro, dentro de uma sala  de aula na qual ela vai ter que usar partes de seu corpo para uma aprendizagem, seja para ler, escrever, pensar ou até mesmo praticar exercícios físicos.

Criança tem que ser criança. Correr, pular, cair, brincar ao ar livre são coisas indispensáveis no desenvolvimento dela. Mantê-la enclausurada dentro de um quarto com uma máquina, vai torná-la sedentária, e sem vontade para fazer coisas que exigem alguma mobilidade. A escola nesse sentido torna-se desinteressante, pois ela não terá um joystick para passar de fase, nem um dispositivo móvel para deslizar o dedo e fazer aquele quadro  negro e aquela pessoa estranha, que diz não e manda ela fazer coisas, desaparecerem.

A geração de hoje é o que vemos no Facebook. Uma geração idiota. Uma geração que não lê, não sabe buscar informações, suas opiniões são moldadas pelo que seus ídolos teen propagam pelos canais do YouTube. Que não tem referências, não sabem pensar por si mesmas. Uma geração que não sabe pelo que lutar. Uma geração individualista e que quer tudo ao mesmo tempo agora.

E para quem produz conteúdo, não fique desanimado porque seus textões não são bem-vindos entre essa parcela graúda das redes sociais. Continue a fazê-los, como eu faço, sempre vai ter alguém que que vai ler e comentar com propriedade e conteúdo. Lembre-se que ainda existe jovens que ainda se preocupam com a leitura e a escrita.

Ainda dá para ter esperança na nossa juventude. Quanto aos outros, a vida vai ensinar, mesmo que seja da pior maneira possível.

Vamos infestar as redes sociais com textões. E não vamos ter medo de dar as nossas opiniões, ridículas ou não, é direito seu de se manifestar. "Posso não concordar com nada do que você diz, mas vou defender seu direito de dizê-lo até a morte"!


Obs.: Sabia que a frase citada no final NÃO é de Voltaire, filósofo francês, a qual muitos se referem? Ela foi escrita por uma de suas biógrafas. É só dar uma pesquisada no Google!

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