domingo, 19 de novembro de 2017

O Brasil tem um instituto de reabilitação para viciados em internet e celular

Você é viciado em internet e celular? Saiba que você tem um problema chamado de nomofobia. E como tratar? O tratamento pode ser feito no Instituto Delete, um centro focado no tratamento de vícios de celular e internet aqui no Brasil.

fonte: The Next Web, crédito: Delete
Os viciados em Internet na América Latina podem obter um tratamento de "desintoxicação" no Instituto Delete no Brasil, criado pelo departamento de psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2013 pela psicóloga Anna Lucia King. Seu objetivo é ajudar aqueles que dependem da internet. O tratamento se concentra em encontrar uma maneira saudável de usar nossos telefones celulares, não os apagando completamente das nossas vidas, mas sim regulando seu uso.

Para muitos de nós, nosso celular se tornou uma extensão da nossa mão (ou do nosso corpo). Se isso é saudável ou não vai depender em como isso afeta nossas vidas, mas para muitas pessoas, é a causa de discussões, conflitos e pode até resultar na perda de seus empregos.

O vício de celular é muitas vezes referido como nomofobia, juntando as palavras "não", "celular" e "fobia", para explicar um medo irracional quando você não tem acesso à conexão do celular.

Eduardo Guedes, pesquisador e conselheiro especializado em mídia digital no Delete, disse a La Nación: "O uso se torna abusivo quando o virtual interfere com o real, quando alguém perde o controle, esse nível de dependência é fácil de cair".

Quando os pacientes chegam no Delete, eles fazem uma prova para determinar o tipo de dependência que possuem e um profissional avalia se eles têm alguma ansiedade, fobia social ou transtorno obsessivo-compulsivo. No próximo passo, os pacientes são separados em três grupos, dependendo do nível e tipo de dependência que eles possuem e, em seguida, recebem tratamento personalizado.

Os funcionários do instituto realizam reuniões semanais onde os pacientes compartilham suas experiências e experimentam diferentes exercícios, como assistir a um filme ou mesmo ler um livro sem olhar para seus telefones.

Os pacientes também aprendem táticas para evitar o excesso de uso do dispositivo. Alguns casos exigem medicação, de acordo com o relatório.

Mas os efeitos não se limitam à psicologia, pois alguns pacientes até desenvolvem problemas no pescoço de olhar demais para os seus telefones e também precisam de tratamento especial para isso.

Isso pode parecer engraçado para alguns, mas em um tempo em que 77% dos americanos possuem smartphones e passam uma média de quase 3 horas todos os dias, é uma questão importante e não é algo que deve ser levado levemente.

O Delete é o primeiro instituto desse tipo na região, apesar do Brasil ter o quarto maior uso de internet em todo o mundo. Nos EUA, já existem vários programas para ajudar esse tipo de vícios, como reSTART e Caron Treatment Centers, mas esses serviços muitas vezes faltam em todo o mundo.

A nomofobia ainda não foi listada como um vício ou fobia oficial pelo Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, mas é fácil ver os efeitos que tem sobre as pessoas, especialmente os jovens adultos da geração atual.

Bem, no meu caso, não fico tão apreensivo ou agitado sem o celular, pois eu já escrevi sobre o meu ódio por esses dispositivos, mas ficar sem internet isso eu não admito, a minha vida atualmente não faz sentido sem o mundo virtual, nem mais me lembro como era a minha vida sem ela. Se esse é o meu vício, que assim seja!

fonte: The Next Web

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